Como foi referido em posts anteriores, o torneio de qualificação da Oceânia para o Mundial 2011 foi realizado em Papeete, no Tahiti, com as selecções das Ilhas Salomão, do Tahiti e das Ilhas Fiji a disputarem um único lugar na competição global entre os dias 23 e 26 de Fevereiro. Uma vez que as Ilhas Salomão e o Tahiti foram as duas melhores equipas durante a primeira fase, avançaram para o jogo da final, que teve lugar no Sábado, dia 26 de Fevereiro.
As duas equipas já se tinham defrontado no dia anterior, num jogo a contar para a primeira fase, em que as Ilhas Salomão haviam saído vitoriosas, por 4-1. Porém, a final tratava-se de um jogo totalmente diferente, sendo que o vencedor se apurava automaticamente para o campeonato do mundo, além de se sagrar campeão da Oceânia. Desta vez, o jogo teria uma história totalmente diferente e seriam os tahitianos a sorrir ao fim dos 36 minutos. Como? Está tudo descrito aqui!
1º Período
As duas equipas entraram e logo os espectadores se mostraram entusiasmados para uma partida da qual se esperava muito bom futebol.
O jogo começou e cerca de 1 minuto depois veio o primeiro golo: um remate de Nicholas Muri, das Ilhas Salomão que assim colocava a sua equipa na presumível posição de vencedora do jogo.
A equipa da casa, o Tahiti, que nunca baixou os braços, insistiu no remate sendo que entre os minutos 6 e 7 esteve muito próxima de repor a igualdade com uma sucessão de remates perigosos incrível sendo que ao minuto 8 fez o golo por intermédio de Patrick Tepa. Este golo trouxe ao jogo uma equipa do Tahiti muito mais forte, algo que desde logo afectou a selecção adversária que se viu com dificuldades para não sofrer novo golo. Aliás, cerca de 30 segundos depois do golo da igualdade foi marcada falta à equipa visitante perto do meio – campo, livre que por pouco podia ter dado o segundo à equipa visitada. Por conseguinte da pressão tahitiana, foi marcada uma falta na área da selecção das ilhas Salomão que foi defendida pelo guarda redes salomónico, Fred Hale, que tal e qual como o seu adversário foram dos melhores em campo.
Entretanto, perto do minuto 10, grande golo da selecção do Tahiti por intermédio de Teiva Izal que, de livre colocou a sua equipa pela primeira vez no encontro a vencer. 2º golo deste jogador esta noite. A equipa Tahitiana continuou com a pressão à defesa adversária e no seguimento de um cruzamento para a área das Ilhas Salomão e depois de dois ressaltos, o capitão Naea Bennett colocou a bola dentro da baliza e novo golo. 3-1 mesmo em cima do final do 1º período.
Tempo ainda para uma tentativa de ataque por parte da enfraquecida selecção das Ilhas Salomão que procura reverter a situação mas a organização defensiva do Tahiti evita este cenário.
Fim do 1º Período com claro domínio tahitiano num estádio lotado onde se vive um ambiente emocionante.
2º Período
O 2º Período iniciou-se com um choque entre um avançado das Ilhas Salomão e o guarda redes da equipa adversária que resultou na entrada da equipa médica para os socorrer, situação que desde logo ficou resolvida.
Entretanto, grande ocasião de golo por parte das Ilhas Salomão, que entraram com ganas de vencer apresentando um melhor futebol sendo que inicialmente perderam por várias vezes o controlo da bola em “zonas proibidas” comprometendo toda a equipa. De qualquer maneira, grande defesa do guardião Tahitiano.
Em seguida, Timothy Wale das Ilhas Salomão com um grande pontapé de bicicleta, quase consegue fazer o 4-1 mas a defesa adversário estava atento e interceptou-o. Na insistência, outro pontapé de bicicleta de um avançado salomónico com outro grande corte da defesa tahitiana. Esta insistência das Ilhas Salomão compensou, e perto do minuto 7 deste período, foi assinalada grande penalidade para esta selecção e, na cobrança, McPhillip Aisa rematou para a defesa do guarda-redes tahitiano, sendo que na recarga o mesmo guardião evitou de novo o golo da equipa visitante.
Na resposta, Marama Amau do Tahiti fez um grande remate e surgiu o 4-1. Golo!
Mesmo no final deste período, tempo ainda para uma grande jogada do Tahiti com trocas de bola rapidíssimas que quase levaram ao quinto golo e na resposta remate ao poste das Ilhas Salomão, que com a baliza adversária completamente aberta não aproveitou para diminuir a vantagem.
Final do 2º Período, um período algo entediante por consequência das poucas oportunidades.
3º Período
O 3º período começou com um remate fraco de um avançado do Tahiti. Na resposta grande remate de um jogador das Ilhas Salomão e, grande defesa do guardião da casa.
Neste último período do encontro, a pressão das Ilhas Salomão foi enorme com sucessivos remates perigosos sendo que ao minuto 4 o capitão, James Naka diminuiu a vantagem fazendo um golo de livre directo. Estava feito o 4-2.
Na sequência deste golo, novo livre para as Ilhas Salomão que Robert Laua desperdiçou rematando por cima da baliza. O mesmo jogador viria mais tarde a desperdiçar nova oportunidade, desta feita rematando ao poste novamente com a baliza aberta.
Neste período “só deu Ilhas Salomão” que com um futebol bem mais atractivo chegaram ao golo por intermédio do mesmo jogador que fizera o 4-2, James Naka, com o seu número 10 na camisola. 4-3.
Entretanto, o guarda redes das Ilhas Salomão perdeu infantilmente a bola para o avançado da equipa adversária que não concluiu em golo por muita sorte para a equipa visitante.
Final do encontro com vitória do Tahiti que depressa se dirigiu aos seus adeptos para festejar a tão desejada qualificação para o Mundial. Previa-se um jogo difícil com uma equipa das Ilhas Salomão favorita que acabou por não demonstrar o favoritismo do qual dispunha. No final do jogo, a festa dos tahitianos foi grande, envolvendo protagonistas e adeptos num êxtase maravilhoso!
Conclusão
A selecção do Tahiti, apesar de menos experiente, deu provas de uma tremenda evolução, foi extremamente eficaz e manteve sempre a concentração, sabendo gerir e defender a vantagem até ao fim. Um marco histórico para o futebol de praia do Tahiti, que representará a Oceânia num campeonato do mundo pela primeira vez, enquanto as Ilhas Salomão, após 4 presenças consecutivas, durante as quais inclusivamente venceram 3 jogos, são eliminadas e obrigadas as esperar pela edição de 2013 (que ironicamente se realizará no Tahiti).
Itália, Ucrânia, Portugal, Rússia, Suíça, México, El Salvador e Tahiti. 8 equipas estão definidas para o Mundial Ravena 2011 (disputado em Setembro). Falta apurar a outra metade dos 16 participantes…
OS GOLOS E A FESTA