Tag Archives: competição

Qualificação da Oceânia para o Mundial 2011: Tahiti 4 – 3 Ilhas Salomão (Final)

4 Mar

Como foi referido em posts anteriores, o torneio de qualificação da Oceânia para o Mundial 2011 foi realizado em Papeete, no Tahiti, com as selecções das Ilhas Salomão, do Tahiti e das Ilhas Fiji a disputarem um único lugar na competição global entre os dias 23 e 26 de Fevereiro. Uma vez que as Ilhas Salomão e o Tahiti foram as duas melhores equipas durante a primeira fase, avançaram para o jogo da final, que teve lugar no Sábado, dia 26 de Fevereiro.

As duas equipas já se tinham defrontado no dia anterior, num jogo a contar para a primeira fase, em que as Ilhas Salomão haviam saído vitoriosas, por 4-1. Porém, a final tratava-se de um jogo totalmente diferente, sendo que o vencedor se apurava automaticamente para o campeonato do mundo, além de se sagrar campeão da Oceânia. Desta vez, o jogo teria uma história totalmente diferente e seriam os tahitianos a sorrir ao fim dos 36 minutos. Como? Está tudo descrito aqui!

1º Período

As duas equipas entraram e logo os espectadores se mostraram entusiasmados para uma partida da qual se esperava muito bom futebol.

O jogo começou e cerca de 1 minuto depois veio o primeiro golo: um remate de Nicholas Muri, das Ilhas Salomão que assim colocava a sua equipa na presumível posição de vencedora do jogo.

A equipa da casa, o Tahiti, que nunca baixou os braços, insistiu no remate sendo que entre os minutos 6 e 7 esteve muito próxima de repor a igualdade com uma sucessão de remates perigosos incrível sendo que ao minuto 8 fez o golo por intermédio de Patrick Tepa. Este golo trouxe ao jogo uma equipa do Tahiti muito mais forte, algo que desde logo afectou a selecção adversária que se viu com dificuldades para não sofrer novo golo. Aliás, cerca de 30 segundos depois do golo da igualdade foi marcada falta à equipa visitante perto do meio – campo, livre que por pouco podia ter dado o segundo à equipa visitada. Por conseguinte da pressão tahitiana, foi marcada uma falta na área da selecção das ilhas Salomão que foi defendida pelo guarda redes salomónico, Fred Hale, que tal e qual como o seu adversário foram dos melhores em campo.

Entretanto, perto do minuto 10, grande golo da selecção do Tahiti por intermédio de Teiva Izal que, de livre colocou a sua equipa pela primeira vez no encontro a vencer. 2º golo deste jogador esta noite. A equipa Tahitiana continuou com a pressão à defesa adversária e no seguimento de um cruzamento para a área das Ilhas Salomão e depois de dois ressaltos, o capitão Naea Bennett colocou a bola dentro da baliza e novo golo. 3-1 mesmo em cima do final do 1º período.

Tempo ainda para uma tentativa de ataque por parte da enfraquecida selecção das Ilhas Salomão que procura reverter a situação mas a organização defensiva do Tahiti evita este cenário.

Fim do 1º Período com claro domínio tahitiano num estádio lotado onde se vive um ambiente emocionante.

2º Período

O 2º Período iniciou-se com um choque entre um avançado das Ilhas Salomão e o guarda redes da equipa adversária que resultou na entrada da equipa médica para os socorrer, situação que desde logo ficou resolvida.

Entretanto, grande ocasião de golo por parte das Ilhas Salomão, que entraram com ganas de vencer apresentando um melhor futebol sendo que inicialmente perderam por várias vezes o controlo da bola em “zonas proibidas” comprometendo toda a equipa. De qualquer maneira, grande defesa do guardião Tahitiano.

Em seguida, Timothy Wale das Ilhas Salomão com um grande pontapé de bicicleta, quase consegue fazer o 4-1 mas a defesa adversário estava atento e interceptou-o. Na insistência, outro pontapé de bicicleta de um avançado salomónico com outro grande corte da defesa tahitiana. Esta insistência das Ilhas Salomão compensou, e perto do minuto 7 deste período, foi assinalada grande penalidade para esta selecção e, na cobrança, McPhillip Aisa rematou para a defesa do guarda-redes tahitiano, sendo que na recarga o mesmo guardião evitou de novo o golo da equipa visitante.

Na resposta, Marama Amau do Tahiti fez um grande remate e surgiu o 4-1. Golo!

Mesmo no final deste período, tempo ainda para uma grande jogada do Tahiti com trocas de bola rapidíssimas que quase levaram ao quinto golo e na resposta remate ao poste das Ilhas Salomão, que com a baliza adversária completamente aberta não aproveitou para diminuir a vantagem.

Final do 2º Período, um período algo entediante por consequência das poucas oportunidades.

3º Período

O 3º período começou com um remate fraco de um avançado do Tahiti. Na resposta grande remate de um jogador das Ilhas Salomão e, grande defesa do guardião da casa.

Neste último período do encontro, a pressão das Ilhas Salomão foi enorme com sucessivos remates perigosos sendo que ao minuto 4 o capitão, James Naka diminuiu a vantagem fazendo um golo de livre directo. Estava feito o 4-2.

Na sequência deste golo, novo livre para as Ilhas Salomão que Robert Laua desperdiçou rematando por cima da baliza. O mesmo jogador viria mais tarde a desperdiçar nova oportunidade, desta feita rematando ao poste novamente com a baliza aberta.

Neste período “só deu Ilhas Salomão” que com um futebol bem mais atractivo chegaram ao golo por intermédio do mesmo jogador que fizera o 4-2, James Naka, com o seu número 10 na camisola. 4-3.

Entretanto, o guarda redes das Ilhas Salomão perdeu infantilmente a bola para o avançado da equipa adversária que não concluiu em golo por muita sorte para a equipa visitante.

Final do encontro com vitória do Tahiti que depressa se dirigiu aos seus adeptos para festejar a tão desejada qualificação para o Mundial. Previa-se um jogo difícil com uma equipa das Ilhas Salomão favorita que acabou por não demonstrar o favoritismo do qual dispunha. No final do jogo, a festa dos tahitianos foi grande, envolvendo protagonistas e adeptos num êxtase maravilhoso!

Conclusão

A selecção do Tahiti, apesar de menos experiente, deu provas de uma tremenda evolução, foi extremamente eficaz e manteve sempre a concentração, sabendo gerir e defender a vantagem até ao fim. Um marco histórico para o futebol de praia do Tahiti, que representará a Oceânia num campeonato do mundo pela primeira vez, enquanto as Ilhas Salomão, após 4 presenças consecutivas, durante as quais inclusivamente venceram 3 jogos, são eliminadas e obrigadas as esperar pela edição de 2013 (que ironicamente se realizará no Tahiti).

Itália, Ucrânia, Portugal, Rússia, Suíça, México, El Salvador e Tahiti. 8 equipas estão definidas para o Mundial Ravena 2011 (disputado em Setembro). Falta apurar a outra metade dos 16 participantes…

OS GOLOS E A FESTA

Sporting e outras equipas definidas para o I Mundialito de Clubes de Futebol de Praia

23 Fev

Temos grandes novidades sobre as mais recentes movimentações na esfera do futebol de praia mundial! Como referimos neste post, a BSWW e os parceiros estratégicos brasileiros decidiram lançar em 2011 uma nova competição de futebol de praia, de cariz internacional, mas desta vez destinada aos clubes. Assim, o Mundialito de Clubes de Futebol de Praia começou a tomar forma no início de Fevereiro, ficando a sua realização agendada para os dias 20 a 27 de Março, ainda sem confirmação oficial. O Sporting Clube de Portugal, como vencedor do Circuito Nacional de Futebol de Praia 2010, foi um dos emblemas convidados para o evento.

Hoje, totalmente confirmado pelas entidades organizadoras, o Mundialito de Clubes de Futebol de Praia 2011 vai ganhando contornos cada vez mais concretos, com a definição das equipas que vão participar, bem como dos respectivos plantéis. Além disso, as datas da competição foram confirmadas (de 20 a 27 de Março), bem como o local onde os jogos serão disputados: a Represa de Guarapiranga, em São Paulo (Brasil).

Logótipo do Mundialito de Clubes de Futebol de Praia 2010

Logótipo do Mundialito de Clubes de Futebol de Praia 2010

As equipas que foram participarão no evento provêm de 3 confederações distintas: UEFA (Europa), CONMEBOL (América do Sul) e CONCACAF (América do Norte e Central mais Caraíbas). Tratam-se de clubes emblemáticos, bem conhecidos no âmbito do futebol de onze, que se têm destacado recentemente pela sua aposta na vertente do futebol de praia. Assim, o Brasil, anfitrião e grande impulsionador da ideia, surge representado por 3 clubes, que competirão contra os campeões nacionais da Argentina, dos EUA, da Rússia, da Itália, da Espanha e, claro, Portugal. Eis a lista de equipas participantes:

  • SP Corinthians (Brasil)
  • CR Vasco da Gama (Brasil)
  • CR Flamengo (Brasil)
  • CA Boca Juniors (Argentina)
  • Seattle Sounders FC (EUA)
  • Sporting CP (Portugal)
  • FC Barcelona (Espanha)
  • AC Milan (Itália)
  • FC Lokomotiv Moscovo (Rússia)

A definição das equipas decorreu na passada 2ª feira, 21 de Fevereiro, numa reunião com os representantes de todas as equipas participantes, realizada simultaneamente em Barcelona (onde se localiza a sede da Beach Soccer WorldWide, que recebeu os membros dos clubes europeus e norte-americanos) e em São Paulo (o local que vai acolher a competição, onde se juntaram os membros de emblemas sul-americanos). Deste modo, procedeu-se à definição dos plantéis das equipas, com base nos jogadores seleccionados pelos seus representantes, de acordo com as normas definidas pela Beach Soccer WorldWide, aqui.

Fundamentalmente, as normas do processo de escolhas de jogadores para cada equipa resumem-se a um conjunto de premissas muito simples. Cada clube estava autorizado a escolher previamente 3 jogadores do seu país. A selecção dos restantes jogadores deveria compreender 3 atletas de outros países da mesma confederação, 1 jogador da UEFA ou da CONMEBOL, 1 atleta da CONCACAF, da AFC, da CAF ou da OFC, mais 1 jogador do próprio país (que deveria ser o último a ser seleccionado) e 1 atleta a ser definido pela Beach Soccer WorldWide, com o consentimento do clube. Para mais informações, aconselhamos vivamente a consulta do referido documento oficial.

Apresentamos, em seguida, a constituição de cada uma das equipas participantes, com apenas 9 jogadores, dado que a Beach Soccer WorldWide ainda não anunciou as suas escolhas para o último membro de cada equipa:

SP Corinthians

  • Mão (GR) – Brasil
  • Mendoza (GR) – Argentina
  • Buru – Brasil
  • Dino – Brasil
  • Benjamim – Brasil
  • Krasheninikov – Rússia
  • Fabian – Uruguai
  • Federico Hilaire – Argentina
  • Yahya Al Araimi – Omã

Treinador: Alexandre Soares (Brasil)

CR Vasco da Gama

  • Salgueiro (GR) – Argentina
  • Betinho – Brasil
  • Pampero – Uruguai
  • Ricardo Casé – Brasil
  • Gustavo – Uruguai
  • Ricardo Villalobos – México
  • Jorginho – Brasil
  • Bruno Xavier – Brasil
  • Bernardo – Portugal (desconhecemos este jogador e julgamos que se trata de um engano)

Treinador: Gilberto da Costa (Brasil)

CR Flamengo

  • Diego (GR) – Uruguai
  • Estrada (GR) – México
  • Souza – Brasil
  • Duda – Brasil
  • Ezequiel Hilaire – Argentina
  • Anderson – Brasil
  • André – Brasil
  • Matías – Uruguai
  • Palmacci – Itália

Treinador: Andrey Valerio (Brasil)

CA Boca Juniors

  • Del Mestre (GR) – Itália
  • Franceschini – Argentina
  • Dallera – Argentina
  • Leguizamon – Argentina
  • Vivas – Argentina
  • Ricar – Uruguai
  • Bruno Malias – Brasil
  • Sidney – Brasil
  • Barbosa – México

Treinador: Casado (Argentina)

Seattle Sounders FC

  • Montañez (GR) – EUA
  • Nico (GR) – Suíça
  • Farberoff – EUA
  • Cati – México
  • Ibsen – EUA
  • Morales – EUA
  • Plata – México
  • Frank – El Salvador
  • Ali Karimi – Emirados Árabes

Treinador: Marcelo Mendes (Brasil)

Sporting CP

  • Paulo Graça (GR) – Portugal
  • Mo – Suíça
  • Alan – Portugal
  • Madjer – Portugal
  • Belchior – Portugal
  • Makarov – Rússia
  • Corosiniti – Itália
  • Fernando DDI – Brasil
  • Agústin – El Salvador

Treinador: Luís Bilro (Portugal)

Barcelona FC

  • Bukhlitskiy (GR) – Rússia
  • Ginoza (GR) – Japão
  • Juanma – Espanha
  • Nico – Espanha
  • Amarelle – Espanha
  • Javi Torres – Espanha
  • Shishin – Rússia
  • Ziober – Polónia
  • Fred – Brasil

Treinador: Ramiro Amarelle (Espanha)

AC Milan

  • Spada (GR) – Itália
  • Abbas (GR) – Emirados Árabes
  • Casarsa – Itália
  • François – França
  • Pasquali – Itália
  • Ahmed – Itália
  • Stankovic – Suíça
  • Meier – Suíça
  • Juninho Santos – Brasil

Treinador: Panizza (Itália)

FC Lokomotiv Moscovo

  • Sydorenko (GR) – Ucrânia
  • Leonov – Rússia
  • Shkarin – Rússia
  • Gorchinskiy – Rússia
  • Daniel – Brasil
  • Shaykov – Rússia
  • Igor Borsuk – Ucrânia
  • Maci – Roménia
  • Humaid Jamal – Emirados Árabes

Treinador: Ilya Leonov (Rússia)

Taça da Europa de Futebol de Praia

2 Fev

A Taça da Europa de Futebol de Praia (EBSC) é um evento bastante importante no mundo da modalidade, sendo disputada anualmente desde 1998. As 8 melhores equipas europeias disputam o troféu entre si durante 3 dias (sexta-feira, sábado e domingo), sendo o torneio geralmente realizado no fim da Primavera, abrindo a temporada de Verão, embora algumas edições tenham tido lugar no início do Outono.

Colocando frente a frente aquelas que serão, teoricamente, as 8 equipas mais fortes do velho continente, a Taça da Europa representa uma espécie de combate de gigantes, no qual um grupo restrito de selecções fortes lutam pela vitória. Dado ser uma competição curta, disputada em knock-out, as equipas são obrigadas a vencer todos os seus jogos rumo ao título. A Taça da Europa inclui também todos os jogos de consolação. Acima de tudo, este modelo permite a atenuação das diferenças entre as selecções mais fortes, dando às equipas de segunda linha a possibilidade de, em poucos jogos, ultrapassarem os favoritos e vencer esta competição importante.

História

A Taça da Europa de Futebol de Praia (EBSC) surgiu em 1998, quando foi instituída pela Beach Soccer World Wide, exactamente no mesmo ano em que foi criada a Liga Europeia de Futebol de Praia (EBSL). A primeira edição da prova, disputada entre os dias 1 e 6 de Setembro desse ano, na cidade italiana de Siracusa, seguiu um formato ligeiramente diferente, com 7 equipas participantes, num torneio que culminou no triunfo da selecção portuguesa. Assim, após a vitória na final diante da Espanha, Portugal entrou para a História ao vencer a primeira Taça da Europa, que foi também a sua primeira grande conquista internacional.

Em Setembro de 1999, a selecção espanhola desforrou-se e conquistou a prova, ao derrotar Portugal na final, numa edição realizada em Alicante (Espanha). Seguiu-se um interregno de 1 ano, dado que a Taça da Europa não se disputou em 2000. No entanto, a partir desse momento, a periodicidade da competição não voltaria a ser alterada, sendo a organização da mesma retomada imediatamente no ano seguinte. Foi então que a competição passou a ser disputada no final do Inverno e, posteriormente, durante a Primavera.

Hegemonia Lusitana

Entre 2001 e 2004, Portugal logrou um feito que dificilmente será igualado no futuro, ao conquistar 4 Taças da Europa consecutivas. Nem a ferocidade do público espanhol nas edições de 2001 e 2002 foi suficiente para amedrontar os jogadores portugueses, que apesar do equilíbrio no marcador se conseguiram sempre superiorizar aos seus rivais ibéricos. Em 2003, na Bélgica, a história foi semelhante, mas desta vez o finalista vencido foi a França, num desafio mais fácil para Portugal (6-3).

A última vitória desta série quádrupla teve um sabor especial por a competição se ter realizado em solo português, mais concretamente em Lisboa, na zona do Parque das Nações. Na final, a selecção nacional, já ao comando do antigo guarda-redes José Miguel Mateus, goleou a rival espanhola por expressivos 8-3.

2005: Suíça Campeã na primeira edição indoor

Em 2005, porém, a Taça da Europa não recebeu o devido destaque na calendarização da temporada realizada pela BSWW, em virtude da realização do Mundial FIFA 2005. Como resultado, a prova foi adiada para o início de Dezembro, tendo sido acolhida pela Rússia, com todos os jogos realizados no interior de um pavilhão desportivo em Moscovo. A Suíça foi a inesperada vencedora da competição, derrotando a também surpreendente anfitriã Rússia na final, por 4-3.

Portugal reconquista, Ucrânia surpreende

Poucos meses mais tarde, em Maio 2006, foi a vez de Nápoles (Itália) receber uma nova edição da prova, com a selecção nacional portuguesa a alcançar a vitória, após um triunfo épico numa final alucinante diante da França, com Jonas a marcar o golo que deu a Portugal uma vitória por 9-8. No ano seguinte, em Tarragona, na costa mediterrânica espanhola, apesar da qualidade de lusos e gauleses, a equipa campeã foi a Ucrânia, que trabalhou jogo a jogo até à final, onde alcançou um triunfo retumbante por 3-0 contra a França.

Espanha vence em 2008 e 2009

Por questões associadas à calendarização das competições de 2008, a Taça da Europa voltaria a ser descurada nesse ano, sendo relegada para o mês de Setembro, sem contar com a participação de alguns dos grandes colossos continentais da época (Portugal, França e Rússia). Assim, num torneio competentemente organizado pelo Azerbeijão, a equipa da casa juntou-se a Espanha, Itália, Suíça, Inglaterra e Noruega. Em Baku, os espanhóis não tiveram dificuldades em alcançar a vitória, com uma vitória na final por 2-0 contra a Suíça (espanhóis e helvéticos foram de facto as únicas equipas que se apresentaram a um nível elevado).

Em 2009, a Taça da Europa regressou a Itália, onde várias edições anteriores haviam decorrido. Destas vez, foi Roma, a capital, quem recebeu o torneio, que animou o mítico Circo Massimo, num ambiente espectacular. A Espanha acabaria por se sagrar campeã, vencendo novamente a Suíça na final por 6-4, num desafio emocionante!

Portugal, contando com Madjer (10 golos), ficou na 3 posição, após ter vencido a Hungria, por 7-5. A selecção portuguesa havia derrotado a Polónia, por 11-1, mas perdera com a Espanha na meia-final, por 7-6 no prolongamento (6-6 em tempo regulamentar).

2010: Rússia Campeã e Portugal em segundo

Na passada edição, disputada em 2010, novamente no Circo Massimo de Roma, Portugal melhoraria a sua prestação, chegando à final, após triunfos sobre a Suíça (2-1) e a anfitriã Itália (10-7). No entanto, a selecção das quinas voltou a não conseguir conquistar nova Taça da Europa, perdendo por 6-4 com a congénere russa e ficando apenas com o 2º lugar. Desta forma, a Rússia conquistou pela primeira vez a Taça da Europa, recompensando uma sequência de vitórias contra França, Espanha e Portugal.

Madjer foi o melhor marcador da prova, com 7 golos, enquanto o capitão russo Leonov foi eleito melhor jogador e o seu compatriota Andrey Bukhlitskiy foi distinguido como guarda-redes do torneio. Além disso, o pessoal médico das selecções portuguesa e suíça foi distinguido com a atribuição do prémio fair play, valorizando o seu profissionalismo e a atitude de desportivismo com que exerceram as suas funções. No caso português, o premiado foi o Enfermeiro Eduardo Farinha, que merece indubitavelmente a distinção!

Balanço

Fazendo uma retrospectiva da Taça da Europa, em 12 edições já decorridas, Portugal venceu metade, com 6 títulos. Portugal é sempre um favorito à vitória nesta competição, da tal modo que, nas 11 edições em que participou, ficou sempre num dos 3 lugares do pódio. Assim sendo, a selecção nacional lidera o palmarés desta competição, contra os 3 títulos da segunda selecção com mais títulos, a Espanha, que conta com 3 vitórias.

Destaque ainda para a recente conquista da Rússia, campeã em título, que se tem vindo a afirmar cada vez mais como uma das principais potências do futebol de praia europeu e mundial. As vitórias da Suíça e da Ucrânia são prova do trabalho que se tem vindo a desenvolver nestes países ao nível do futebol de praia, com uma forte aposta na modalidade.

A nível individual, destaque natural para a estrela portuguesa Madjer, foi o melhor marcador por 3 vezes (2004/2009/2010) nesta competição. O italiano Carotenuto, melhor marcador em 2005 e 2006, e o suíço Stankovic, goleador do evento em 2007 e 2008, são também figuras incontornáveis da Taça da Europa, bem como o espanhol Amarelle (nas primeiras edições). De realçar ainda os 2 prémios de melhor guarda-redes atribuídos ao suíço Nico Jung, em 2005 e 2009, e o prémio de fair play concedido ao português Alan, em 2006.

Perspectivas para 2011

Oficialmente, ainda não foram anunciadas informações relativas ao local e à data da Taça da Europa de 2011. Ainda assim, numa notícia publicada no site da BSWW, encontra-se a referência à realização da prova algures em França, durante o mês de Junho. Pouco mais podemos dizer. Acrescentamos apenas que as equipas participantes serão, de acordo com o ranking europeu da BSWW, Portugal, Rússia, Espanha, Suíça, Itália, França, Polónia e Ucrânia… e o nosso desejo de que a selecção nacional portuguesa vença a competição! FORÇA PORTUGAL!

Equipas apuradas para o Mundial FIFA 2011: Ucrânia, Portugal, Rússia e Suiça

18 Jan

A qualificação para o Mundial de 2011, realizou-se entre 11 e 18 de Julho de 2010, em Bibione, Itália. Este torneio realizado em formato de grupos e em seguida, sistema de knock – out, juntou 27 equipas da Europa na luta por 4 vagas na mais importante  competição de Futebol de Praia a nível internacional.

Os grupos, de A a G, juntam 4 equipas em cada um sendo que no A há apenas 3, entre a Itália, Alemanha e Turquia. A Itália, sendo a anfitriã do torneio em 2011, já se encontra apurada para o mesmo tendo de participar na qualificação visto que havia pontos em disputa para o ranking europeu da modalidade.

Grupos do Torneio de Qualificação da Europa para o Mundial 2011. Sorteio coordenado por Josep Ponset, realizado em Barcelona, na sede da Beach Soccer World Wide.

No grupo A, a equipa vencedora foi a Itália, ficando a Turquia na segunda posição e Alemanha o último lugar. Assim, italianos e turcos passaram à próxima fase. Ambas as selecções venceram sem dificuldades a Alemanha por 5-2 e 6-3, respectivamente. No debate entre a Itália e a Turquia, a primeira foi a vencedora por 2-1.

No grupo B, a equipa vencedora foi a Grécia, que ficou com os mesmo pontos que o segundo e terceiro lugares, Espanha e Holanda, respectivamente, passando assim no lugar cimeiro. Neste grupo bastante competitivo, que ficou sem grandes surpresas com a Bulgária em último lugar, teve como vitórias da Grécia, 6-5 e 6-2 sobre a Holanda e Bulgária. Espanha venceu por 7-0 e 6-5 a Bulgária (primeiramente) e a Grécia. Por último, a Holanda venceu por 4-3 a Bulgária e por 3-2 a Espanha, num jogo bastante emocionante até ao fim.

No grupo C, a Roménia foi a vencedora, ficando a Rússia no segundo posto e a Eslováquia e Andorra nos últimos lugares. A Roménia venceu os três jogos por 8-2 (frente a Andorra), 5-3 (frente à Eslováquia) e 5-3(frente à Rússia). A Rússia, numa campanha relativamente positiva, venceu dois dos três jogos por 11-1(frente à Eslováquia), 11-1 (frente a Andorra). Por último, a Eslováquia venceu apenas um jogo por 4-1(frente a Andorra).

No grupo D, Portugal ficou na primeira posição ficando com 9 pontos, ficando nos seguintes lugares a Estónia, Israel e Inglaterra, respectivamente. Portugal venceu por 7-3 (frente a Israel), 6-3(frente à Estónia) e 6-3(frente a Inglaterra). De resto, Israel venceu por 5-2 na sua única vitória(frente a Inglaterra), a Estónia venceu na sua única vitória por 6-3 (frente a Israel) e Inglaterra venceu na sua única vitória por 1-0 (frente à Estónia).

No grupo E, a Ucrânia e a Suiça ficaram nas primeiras posições ficando a Hungria e a Bielorrúsia no 3º e 4º. A Ucrânia venceu dois dos três jogos por 6-5 (frente à Suiça) e 6-2 (frente à Hungria), a Suiça venceu por 7-3 (frente à Bielorrúsia) e por 10-4 (frente à Hungria). Por último, a Hungria venceu por 7-6 /frente à Ucrânia) empatando com consequentes grandes penalidades por 5-5 (frente à Bielorrússia) vencendo nas grandes penalidades por 5-4 ganhando assim apenas 2 pontos.

No grupo F, a França ficou em primeiro lugar com 9 pontos seguindo-se o Azerbeijão, em terceiro a República Checa e em quarto o Cazaquistão. A equipa francesa venceu os três jogos por 5-1 (frente ao Cazaquistão), 10-8 (frente ao Azerbeijão) e por expressivos 11-2 (frente à equipa checa).  O Azerbeijão venceu por 5-4 e por 9-2 (frente à Rep. Checa e Cazaquistão, respectivamente). Por último, a equipa Checa apenas venceu um jogo, por 8-2 (frente ao Cazaquistão).

Por último, no grupo G, a Moldávia ficou em primeiro lugar com 8 pontos, seguindo-se a Polónia com 6 e a Áustria com 3 ficando a Noruega em último com zero pontos, neste que foi um grupo, em que, apesar da pouca exuberância futebolística das equipas se conseguiu assitir a bons espectáculos de futebol de praia. A Moldávia venceu a Polóia nas grandes penalidades por 1-0 (ganhando apenas dois pontos por essa mesma vitória), vencendo por 3-1 (contra a Áustria e Noruega). A equipa polaca venceu por 9-4 e 8-5 ( frente à equipa da Áustria e Noruega, respectivamente). Por último, a equipa austríaca, deu por vencido apenas um jogo, o qual venceu por 3-1 (frente à Noruega).

Assim, passaram para a próxima fase, os oitavos de final, as seguintes equipas:

  • Roménia
  • Estónia
  • Ucrânia
  • Holanda
  • Hungria
  • Grécia
  • Suiça
  • França
  • Portugal
  • Azerbeijão
  • Rússia
  • Turquia
  • Itália
  • Polónia
  • Espanha
  • Moldávia

Os jogos realizados a 15 de Julho, com consequentes resultados, foram os seguintes:

  1. Roménia 6 – 2 Estónia
  2. Ucrânia   6 – 0 Holanda
  3. Hungria   8 – 5 Grécia
  4. Suiça         6 – 4 França
  5. Portugal  5 – 2 Azerbeijão
  6. Rússia     11 – 2 Turquia
  7. Itália         3 – 4 Polónia
  8. Espanha   5 – 1 Moldávia

Nos quartos de final decorridos a 16 de Julho, e já com um pouco maior nível futebolístico e também algum cansaço acumulado nos jogadores,os jogos foram os seguintes:

  1. Ucrânia 6 – 3 Roménia
  2. Suíça 3 – 2 Hungria
  3. Polónia 5 – 5 Portugal (Polónia 5 – 5 Portugal prol | Polónia 0 – 1 Portugal pen)
  4. Rússia  8 – 4 Espanha

Nestes jogos dos quartos de final, a Rússia dominou com grande facilidade a comitiva espanhola, que foi afastada do Mundial. De resto, são de notar as dificuldades que a turma polaca colacaram a Portugal, que mesmo assim venceu nas grandes penalidades.

Os jogos das meias finais decorridos dia 17 de Julho, e já com todas as equipas apuradas para o Mundial, foram:

  1. Ucrânia 3 – 3 Suíça (Ucrânia 3 – 3 Suíça prol | Ucrânia 5 – 4 Suíça pen)
  2. Portugal 6 – 5 Rússia

A grande vitória da comitiva portuguesa sobre a russa, foi talvez o maior feito da primeira nesta fase de qualificação. A equipa russa, que vem crescendo nestes últimos anos, com o seu poderio ofensivo e defensivo colocou bastantes problemas à equipa Nacional, que deu o jogo por vencido com vantagem de um golo apenas. No outro jogo, um emocionante suiça – Ucrânia, a equipa de leste venceu chegando à grande final onde defrontou Portugal, dia 18 de Julho:

Final – Ucrânia 4 – 2 Portugal

No jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares, a equipa russa venceu uma Suíça muito desfalcada, num jogo entre duas equipas afectadas pelo cansaço e pelas lesões, realizado no dia 18 de Julho:

Jogo para os 3º e 4º lugares – Suíça 2 – 5 Rússia

Após o acerto classificativo entre russos e suíços, teve lugar a grande final da competição, que opunha a Ucrânia, grande surpresa do torneio pela sua organização táctica e eficácia ofensiva, a Portugal, que vinha a praticar um futebol de praia progressivamente melhor, deixando bem claras as suas intenções de conquistar o torneio.

No entanto, sem os castigados Alan e Belchior, em situações de cansaço extremo dos jogadores e um estado da areia que privilegiava o jogo rasteiro dos ucranianos, os comandados de José Miguel Mateus não se conseguiram impor no jogo, dado que os jogadores mais jovens não conseguiram dar à equipa a capacidade ofensiva necessária e Madjer, que fez praticamente o jogo inteiro,naturalmente não conseguiu fazer tudo sozinho. A Ucrânia chegou à vantagem e soube geri-la eficientemente, defendendo muito bem, pelo que os dois golos do capitão português não foram suficientes e Portugal acabou por perder o segundo título da época. Mas com o apuramento garantido!

Final – Ucrânia 4 – 2 Portugal

Gravação completa da final entre Portugal e Ucrânia, disponibilizada pela Beach Soccer WorldWide

QUALIFICAÇÃO: BALANÇO

Assim, após uma série extenuante de 55 jogos em 8 dias, as equipas apuradas foram as seguintes, de acordo com a classificação do torneio:

  1. Ucrânia
  2. Portugal
  3. Rússia
  4. Suíça

Fazendo uma retrospectiva da participação das equipas apuradas, verificamos que, efectivamente, justificaram o apuramento. A Ucrânia, campeã da competição, espantou a Europa com a sua disciplina e a técnica desenvolvida dos seus jogadores, que os levou a derrotar, por duas vezes, a Suíça, bem como a Roménia, no jogo da qualificação, e Portugal, na discussão do apuramento.

A selecção lusa, sem deslumbrar muito nos jogos da fase de grupos, cumpriu o seu papel vencendo todos os jogos até atingir o apuramento, com base na experiência de elementos como Madjer, Alan, Belchior e Bilro, além de um inspirado Paulo Graça. Derrotar o adversário mais complicado e perder contra outro teoricamente mais acessível deixa sempre um sabor amargo, mas Portugal não se deixaria afectar por isso.

A Rússia apresentou-se a um nível prodigioso nesta fase de qualificação, dizimando impiedosamente as equipas mais fracas (às quais infligiram derrotas pesadas com 11 golos marcados), acabando por conseguir o apuramento num jogo épico frente à fragilizada, mas muito aguerrida Espanha. Num jogo frente a Portugal, com muito desgaste e lesões em ambas as partes, a Rússia não conseguiu responder ao maior poder luso, mas deixou bem claro o seu fantástico nível de futebol de praia.

Outra das principais potências europeias, a Suíça, alcançou a qualificação após uma sequência de jogos contra equipas bastante difíceis, em que a experiência e qualidade de jogadores como Stankovic e Leu fez a diferença, apesar do cansaço da equipa e algum azar terem obstado a que alcançassem um outro tipo de resultado.

Por seu turno, a Itália também desiludiu no torneio, jogando em casa, diante dos seus adeptos, mas sem conseguir atingir sequer os quartos de final. Ainda assim, a Squadra Azurra já estava automaticamente qualificada no papel de organizadora do Mundial FIFA 2011.

De realçar a ausência da Espanha, que pela primeira vez não marca presença na grande competição mundial, e também a da França, que vive um período complicado no que ao futebol de praia diz respeito, já que vi falhar o segundo mundial consecutivo (já não se qualificara para a edição de 2008.

A nível de jogadores, os premiados foram:

  • Melhor Jogador : Ilya Leonov – Rússia
  • Melhor Marcador: Madjer (16 golos) – Portugal
  • Melhor Guarda-redes: Paulo Graça – Portugal

Claro destaque para os dois jogadores portugueses premiados, Madjer e Paulo Graça! Madjer já nos habituou, há mais de uma década, à sua veia goleadora, coleccionando em Bibione mais uma distinção para a sua vasta galeria individual. Paulo Graça foi merecidamente destacado com o prémio de melhor guarda-redes, ultrapassando o russo Bukhlitskiy, cuja excelente prestação nesta prova não foi suficiente para superar as defesas espectaculares e cruciais do guardião português, em grande forma! Leonov foi votado MVP como forma de premiar a boa prestação russa, na qual o capitão de equipa desempenhou um papel determinante.

Por agora, fica então o desejo de vitória para a Selecção Nacional no Mundial FIFA 2011, que se realizará entre os dias 1 e 11 de Setembro, na cidade italiana de Ravena. Força Portugal!

Sporting convidado para participar no Mundial de Clubes

4 Jan

O Sporting foi convidado para participar no mundial de clubes de futebol de praia, que terá lugar no Brasil, entre os dias 20 e 27 de Março. Os leões sagraram-se campeões nacionais de futebol de praia na época passada, vencendo o Circuito Nacional 2010, podendo assim juntar-se às outras equipas que venceram os respectivos campeonatos nacionais. Aceitando este convite, o Sporting jogará frente a equipas como Corinthians, Vasco da Gama, Milano Beach Soccer (AC Milan), Barcelona e Shaktar Donetsk, nesta primeira edição do mundial de clubes.

O Sporting foi o Campeão do Circuito Nacional de Futebol de Praia 2010 e foi convidado a participar no Primeiro Mundial de Clubes

Segundo o director desportivo do Sporting, Pedro Dias, a participação do clube na prova ainda não está assegurada. De facto, apesar da motivação do clube e dos jogadores, a prova não estava inicialmente orçamentada, pelo que não existe a certeza da realização do torneio, que se encontra assim pendente. Como tal, os outros clubes também não deram confirmação até a data.

Bilro, actualmente jogador da selecção nacional de futebol de praia, é o novo treinador do Sporting, sucedendo assim a Johny Conceição, que retomará as suas funções como treinador adjunto da selecção nacional. Com esta resolução por parte do clube de Alvalade, Bilro deixará de jogar pelos leões, dedicando-se exclusivamente ao seu novo cargo técnico.

Bilro vai ser o treinador da equipa de futebol de praia do Sporting, continuando a representar a Selecção Nacional Portuguesa como jogador, com o seu número 11.

No comando do Sporting, o mister Luís Bilro Pereira terá à sua disposição a maior parte dos jogadores que envergaram a camisola verde e branca na época passada, tais como Paulo Graça, Coimbra, Madjer, Alan, Belchior e Bruno Novo. O brasileiro Duda também está confirmado e estão em curso negociações com os seus compatriotas Bruno Malias e Buru, bem como com um guarda-redes brasileiro. Devido a restrições impostas pela organização do Mundial de Clubes, a equipa contará apenas com 10 jogadores, mas os responsáveis leoninos já entraram em contacto com outros jogadores portugueses, visando a construção de uma equipa equilibrada e diversificada para participar no Circuito Nacional de Futebol de Praia 2011.

De realçar, mais uma vez, que a realização do Mundial de Clubes ainda não foi alvo de confirmação oficial. Ao longo do tempo, à medida que forem sendo conhecidas novas informações, divulgá-las-emos aqui no blogue, acompanhando detalhadamente os novos desenvolvimentos.

Fonte: Record Online

ENTREVISTAS: Qualificação da CONCACAF para o Mundial de Futebol de Praia 2011

4 Dez

No dia de todas as decisões no torneio de qualificação da CONCACAF para o Mundial 2011, publicamos as entrevistas com dois jogadores de selecções nacionais que participam no evento. Estes dois jogadores ficaram de fora dos convocados, um por opção técnica, outro por lesão, mas aceitaram gentilmente colaborar connosco no nosso projecto escolar. Um obrigado aos dois!

Primeiro, a entrevista com Isaac Rodriguez, jogador mexicano que participou no Campeonato do Mundo 2008. A entrevista foi realizada em espanhol, vai facebook, mas está aqui traduzida para português.

Depois, a entrevista com Javier Angulo, jogador cista riquenho que representou o seu país no Campeonato do Mundo 2009. A entrevista decorreu através do e-mail, em inglês, e está aqui transcrita nessa mesma língua.

ENTREVISTA A ISAAC RODRIGUEZ (MÉXICO)

O México participou nos Mundiais de 2007 e 2008

O jogador mexicano Isaac Rodriguez tenta ganhar a bola perante o guarda-redes espanhol Roberto num jogo do Campeonato do Mundo de Futebol de Praia Marselha 2008

BEACH SOCCER RESTELO: Depois de um ano de 2009 menos bom, em que a selecção mexicana não conseguiu o apuramento para o campeonato do mundo de futebol de praia, quais são os objectivos para este torneio de qualificação?

Isaac Rodriguez: Bem, o trabalho de preparação foi mais intenso. Foram chamados mais jogadores e seleccionados os mais experientes. O primeiro passo será vencer a semifinal, que dá o apuramento para o mundial. Depois, sermos campeões da CONCACAF, como conseguimos em 2008.

BEACH SOCCER RESTELO: O México está inserido no grupo A (El Salvador, Canadá e Jamaica). Nas meia final, a selecção mexicana terá de defrontar uma equipa do grupo B (EUA, Costa Rica, Bahamas e Guatemala). Quais pensas que serão os grandes adversários do México nesta qualificação?

Isaac Rodriguez: No grupo, claro que El Salvador é o mais forte. Mas, como os defrontamos no terceiro jogo, creio que as duas equipas já estarão qualificadas para as semifinais e eles jogarão mais relaxados. Nas semifinais, considerando a experiência, creio que jogaremos com a Costa Rica ou os Estados Unidos. Espero que a equipa qualificada do outro grupo seja a Costa Rica, para nos vingarmos de nos terem feito ficar de fora do mundial no ano passado.

BEACH SOCCER RESTELO: Consideras a selecção da Costa Rica mais forte do que a dos Estados Unidos?

Isaac Rodriguez:Hum, não. As duas equipas são muito fortes, mas seria lindo enfrentar a Costa Rica na mesma situação do torneio de qualificação para o mundial do ano passado.

BEACH SOCCER RESTELO: Por opção técnica do teu treinador, não foste convocado para este torneio de qualificação. Como vais acompanhar a competição e dar apoio aos teus companheiros de equipa? Achas que vão conseguir o apuramento para o Mundial 2011?

Isaac Rodriguez:Sim, desafortunadamente para mim não viajo com a equipa, mas ele sabem que têm o apoio de todos nós, os que ficamos em casa. E espero que se consiga a qualificação, para podermos participar novamente num mundial. Teremos de trabalhar melhor e estar mais concentrados e mentalizados. Mas, bem, vamos passo a passo. Primeiro temos de lograr a qualificação.

BEACH SOCCER RESTELO: Esperas conseguir regressar aos convocados da equipa no Mundial 2011?

Isaac Rodriguez:Sim, claro que sim. É uma meta para mim recuperar o meu lugar e viajar com a selecção a todos os torneios. Quero ganhar experiência e poder chegar bem fisicamente ao mundial.

ENTREVISTA A JAVIER ANGULO (COSTA RICA)

A Costa Rica participou no Mundial de 2009

Remate de Javier Angulo num jogo a contar para o Mundial de Futebol de Praia Dubai 2009.

BEACH SOCCER RESTELO: Costa Rica has surprised everyone by managing to qualify for the FIFA Beach Soccer World Cup 2009. Do you believe Costa Rica can repeat that great result and get into the FIFA World Cup 2011? What are your goals for the tournament in Puerto Vallarta?

Javier Angulo: I believe in my team mates, each one of them make the team the team that it is. Off course I would like Costa Rica to qualify but there are alot of good teams that are competing.

BEACH SOCCER RESTELO: In the qualifying tournament in Mexico, which of the other teams will be the toughest opponents towards the qualification? What are your predictions for the qualified teams anda the winners of the event?

Javier Angulo: USA, Mexico, El Salvador, and Costa Rica becuase these have been the four teams that have qualified to the World Cup 2009. But the toughest would defenitly be USA and Mexico ever since last year (they did not go to Dubai) they have been training strong and I know that this year they are coming with everything they have to the field. I know that the USA has been getting prepared and played a lot of games in europe. I hope it will be Costa Rica and Mexico that will be competing in the 2011 World Cup in Italy.

BEACH SOCCER RESTELO: Unfortunately, you are out of the qualifiers because of an injury. How do you feel about the impossibility to help your team mates and how are you going to support them during the competition?

Javier Angulo: It is very difficult to not be able to play with your team in such and important event. I wished them the best in all the games, and hope for Costa Rica to classify.

HOJE, COSTA RICA E EL SALVADOR DISPUTAM UMA VAGA NO CAMPEONATO DO MUNDO DE 2011, ENQUANTO MÉXICO E EUA LUTAM PELO OUTRO LUGAR! EMOÇÕES AO RUBRO EM PUERTO VALLARTA!

Madjer em 2º lugar do Campeonato Brasileiro pelo São Paulo (parte 2)

29 Nov

Na continuação do artigo anterior, relatamos os pontos dominantes do Campeonato Brasileiro de Beach Soccer 2010 e da caminhada do São Paulo de Madjer na competição, retratando agora a segunda fase do torneio.

2ª Fase

A segunda fase da competição foi disputada no sistema de eliminatórias (mata-mata), com as 8 equipas que se tinham classificado nos 2 primeiros lugares dos 4 grupos a lutarem pelo almejado título. Paralelamente, tiveram lugar 2 pequenos torneios de consolação, um dos quais foi disputado pelas equipas classificadas em 3º lugar nos respectivos grupos, destinado a atribuir as posições compreendidas entre o 9º e o 12º lugares, e o outro jogado pelas selecções que ocuparam o 4º lugar nos seus grupos, tendo em vista a definição da classificação entre o 13º e o 16º lugares.

O Clube Escola Pelezão, no Bairro da Lapa, em São Paulo, acolheu os jogos do Campeonato Brasileiro 2010

O Clube Escola Pelezão, situado no Bairro da Lapa, em São Paulo, acolheu todos os jogos do Campeonato Brasileiro de Selecções Estaduais de Beach Soccer 2010

No torneio principal, que contou com a participação do São Paulo, os quartos de final reuniram um conjunto de 4 jogos muito interessantes, com os vencedores dos grupos a defrontarem as equipas posicionadas no 2º lugar dos grupos de apuramento. Em dois desses jogos, as selecções do grupo A cruzaram-se com as do grupo D, enquanto as equipas dos grupos B e C se degladiaram nas outras partidas desta ronda de jogos.

Quartos de final

No primeiro jogo do dia, os poucos adeptos que se deslocaram ao Clube Escola Lapa assistiram a uma vitória sólida do Rio Grande do Norte sobre a forte selecção da Baía, por 5-3. O duelo entre duas equipas do Nordeste terminou com o triunfo dos potiguares (Rio Grande do Norte), comandados pelo célebre Andrey Valério, com destaque para os bis de André e Alessandro.

O segundo jogo era o mais esperado da tarde: o encontro entre Rio de Janeiro e São Paulo, duas selecções favoritas à conquista do troféu. Numa partida de grandes emoções, os capixabas (Espírito Santo) chegaram a levar 3 golos de vantagem, mas o Rio de Janeiro conseguiu recuperar, com 1 golo de Duda e 2 tentos de Benjamim que empataram o jogo: 3-3. Foi preciso recorrer ao prolongamento, onde o Espírito Santo foi mais feliz, chegando à vitória através de um golo de Bruno Malias: 4-3.

O penúltimo confronto do dia foi resultou num festival de golos, com a poderosa selecção maranhense a aplicar uma pesada derrota de 7-1 ao conjunto do Distrito Federal. A técnica e organização dos nordestinos foi demais para a equipa da capital brasileira, cujas debilidades eram bem evidentes. A estrela do encontro, com 3 golos de belo efeito, foi Fernando DDI, jovem promessa do futebol de praia brasileiro, que este ano vestiu a camisola do Sporting no Circuito Nacional de Futebol de Praia.

São Paulo 6 – 0 Pernambuco

Por fim, Madjer e os seus companheiros do São Paulo entraram em campo, ávidos de vitórias e de muitos golos, mas acima de tudo muito concentrados para enfrentarem o adversário complicado que tinham pela frente: a selecção de Pernambuco. De facto, as coisas não foram fáceis no 1º período, com o único golo dos paulistas a ser marcado por Sidney, através de um cabeceamento na resposta a um pontapé de canto.

Porém, o 2º período trouxe mais golos e festa às areias de São Paulo, com a equipa da casa a dilatar a vantagem para 4-0: Juninho Alagoano, por duas vezes, e Daniel Souza, por uma ocasião, marcaram os golos do São Paulo. Destaque para o segundo golo de Juninho Alagoano, o quarto da equipa do São Paulo: um remate de muito longe, que foi um dos grandes momentos do jogo!

O jogo corria de feição à selecção paulista, mas ainda faltava alguma coisa para ele ser verdadeiramente completo. Sim: apesar de todas as suas tentativas, Madjer ainda não tinha marcado nenhum golo! Foi no 3º período que o número 11 do São Paulo fez o gosto ao pé, por duas ocasiões, conseguindo um resultado final de 6-0 para a sua equipa! Dois golos de Madjer, duas assistências de Sidney, com quem o craque português se entendeu às mil maravilhas. Realço aqui o pormenor do quinto golo: nada mais nada menos do que um belo toque de calcanhar de Madjer, que meteu a bola no fundo da baliza pernambucana!

Eis o vídeo com os 6 golos do São Paulo frente ao Pernambuco, incluindo a preciosidade de Madjer:

Bons momentos de futebol de praia, não é verdade? Deitemos agora um olhar aos resultados dos jogos deste importante dia 18 de Novembro:

Resultados

Baía 3 – 5 Rio Grande do Norte

Rio de Janeiro 3 – 3 Espírito Santo (Rio de Janeiro 3 – 4 Espírito Santo prolongamento)

Maranhão 7 – 1 Distrito Federal

São Paulo 6 – 0 Pernambuco

Meias finais

Com apenas 4 equipas na corrida pelo título brasileiro, os dois jogos das semi finais prometiam muita luta e emoção aos amantes da modalidade. Rio Grande do Norte e Espírito Santo disputaram a primeira meia final, enquanto o derradeiro jogo do dia colocou frente e frente Maranhão e São Paulo.

No jogo inaugural das semi finais, os capixabas conseguiram uma vitória clara por 6-3 diante dos potiguares. Num bom jogo de futebol de praia, o Espírito Santo superiorizou-se ao Rio Grande do Norte: a eficácia de Buru, autor de 3 golos, e a magia de Bruno Malias, que bisou na partida, foram mais poderosas do que a qualidade de Dunga e André. O Espírito Santo seguiu assim para a desejada final, deixando os potiguares pelo caminho.

Na outra meia final, Madjer e os seus colegas do São Paulo sentiram imensas dificuldades perante a organização do Maranhão, devidamente precavido para os perigos da equipa paulista. A muralha defensiva dos adversários só foi transposta perto do final do 1º período, num penalti exemplarmente cobrado por Betinho. O marcador manteve-se muito equilibrado até ao 3º período, quando Sidney ampliou a vantagem do São Paulo, numa boa jogada. Porém, o 2-0 não durou muito tempo e, alguns instantes depois, o Maranhão empatava a partida, com um golo da jovem estrela Fernando DDI.

Importa aqui realçar também a portentosa exibição de Mão, guarda-redes do São Paulo, que se manteve sempre firme entre os postes, negando repetidamente as oportunidades de golo que os jogadores maranhenses iam criando. O São Paulo passava assim à final, depois de um triunfo suado contra uma das melhores selecções do torneio.

Resultados

Rio Grande do Norte 3 – 6 Espírito Santo

Maranhão 1 – 2 São Paulo

Final

Chegou enfim o grande dia, da tão esperada final. Muito se especulou sobre quais seriam as equipas presentes e quem seria o grande vencedor. Pois bem, esta final foi disputada por Espírito Santo e São Paulo, com os primeiros a levarem a melhor, num óptimo jogo de futebol de praia. Equilíbrio, espectáculo e emoção foram três ingredientes bem presentes nesta batalha de gigantes, com Madjer em grande plano!

Após um 1º período muito equilibrado, sem golos, durante o qual as equipas jogaram com cautela, Espírito Santo e São Paulo começaram a buscar a vantagem de forma cada vez mais activa no 2º período do encontro, com os seus criativos jogadores a procurarem formas de chegar à baliza adversária.

Foi precisamente o atleta português quem inaugurou o marcador, num lance espectacular: Madjer avança em velocidade pela ala direita, ultrapassa um defesa adversário e, inesperadamente, remata de pé esquerdo ao ângulo da baliza do Espírito Santo! Um grande golo, ao qual Bruno Malias respondeu com um tiro prodigioso de muito longe, sem hipótese de defesa para Mão: 1-1 no marcador.

O 3º período do jogo trouxe mais um golo para cada lado. Primeiro, Bruno Xavier, na sequência de um livre, colocou o Espírito Santo em vantagem, por 2-1. Depois, o São Paulo empatou, mais uma vez por intermédio de Madjer! Numa jogada de perfeito entendimento com Betinho, o craque português partiu para mais uma das suas ferozes arrancadas, deixou dois adversários pelo caminho de uma só vez e, num ápice, rematou vigorosamente, com a bola a entrar na baliza do Espírito Santo, rasteira, bem junto ao poste.

O 2-2 que se registava no final dos 36 minutos de tempo regulamentar não decidia nada e foi necessário recorrer a uma prolongamento de 3 minutos para apurar o vencedor. Nesse capítulo, os capixabas foram mais felizes, alcançando a vantagem definitiva numa bomba de Bruno Xavier, que rematou de muito longe e contou com o ressalto na areia, suficiente para trair Mão e dar o triunfo ao São Paulo: 3-2 no marcador. Madjer, na bola de saída, ainda acertou no ferro da baliza do Espírito Santo, mas, definitivamente, não estava com sorte.

Assim terminou o jogo, com o triunfo do Espírito Santo, que festejou efusivamente a conquista do tão desejado troféu. Parabéns aos campeões!

 

Jogadores capixabas festejam a conquista do troféu

O Espírito Santo derrotou o São Paulo e venceu o Campeonato Brasileiro de Futebol de Praia 2010. Na imagem, os craques capixabas comemoram efusivamente.

No jogo anterior, o Rio Grande do Norte vencera o Maranhão por 5-2, atingindo assim o 3º lugar do pódio, coroando uma participação de grande nível da selecção potiguar. Convém também recordar que os maranhenses, apesar da derrota, ficaram entre as 4 melhores equipas da competição!

Resultados

Jogo dos 3º e 4º lugares: Rio Grande do Norte 5 – 2 Maranhão

Final: Espírito Santo 2 – 2 São Paulo (Espírito Santo 3 – 2 São Paulo prolongamento)

Classificação do Campeonato

1º Lugar – Espírito Santo

2º Lugar – São Paulo

3º Lugar – Rio Grande do Norte

4º Lugar – Maranhão

Prémios individuais

Importa aqui destacar a atribuição de uma panóplia de prémios aos jogadores, treinadores e árbitros que mais se destacaram pela positiva neste Campeonato Brasileiro de Beach Soccer 2010. Bruno Malias, do Espírito Santo, foi eleito melhor jogador da competição, premiando a sua preponderância no sucesso da equipa e a magia do seu futebol de praia, enquanto as capacidades goleadoras de Juninho, do Pernambuco, lhe deram a distinção de melhor marcador. Mas o São Paulo também amealhou um prémio: o de melhor guarda-redes, atribuído com toda a justiça a Mão, que se evidenciou pela sua segurança na sua posição.

Equipa Fair Play – Paraíba

Árbitro Revelação – Antônio Bruno (CBBS, Sergipe)

Melhor Árbitro – Felipe Varejão (FIFA, Espírito Santo)

Treinador Revelação – Francisco Castello Branco, “Chicão” (Maranhão)

Melhor Treinador – Andrey Valério da SIlva (Rio Grande do Norte)

Melhor Guarda-redes – Mão (São Paulo)

Melhor Marcador – Juninho (Pernambuco) – 13 golos

Melhor Jogador – Bruno Malias (Espírito Santo)

BALANÇO DA FINAL E DOS FINALISTAS

Deste modo, o Espírito Santo sagrou-se campeão brasileiro de futebol de praia, após um duelo titânico entre duas grandes selecções. O jogo foi decidido nos detalhes, com a areia a fazer a diferença, mas o que conta é a conquista do Espírito Santo, que foi justa e cheia de mérito. O São Paulo, igualmente merecedor de um prémio melhor do que o 2º lugar, não conseguiu ser campeão, mas está igualmente de parabéns pela belíssima campanha que fez na competição e pela óptima exibição que protagonizou na final.

Então e Madjer?

Quanto a Madjer, terminou a competição com o excelente registo pessoal de 10 golos, num total de 6 jogos disputados, levando para casa um 2º lugar no campeonato nacional do país que domina o futebol de praia mundial. João Victor Saraiva juntou assim mais uma linha ao seu inigualável currículo, repleto de marcas maravilhosas que ganham uma nova companhia. Desta vez não foi possível ganhar, mas quem sabe se a sorte não mudará numa ocasião futura?

Mas acho que o que devemos realçar aqui, em jeito de conclusão, é o grande espírito de amizade e camaradagem com que Madjer trabalhou e conviveu com os seus colegas do São Paulo, perfeitamente integrado, em completa harmonia com o ambiente e as pessoas que o rodeavam. A humildade com que agradeceu aos seus colegas de equipa a experiência maravilhosa que lhe proporcionaram, afirmando ter sido um prazer representar o São Paulo, foi certamente correspondida por todas as pessoas com as quais estabeleceu contacto.

Esta participação de Madjer no Campeonato Brasileiro foi mais um exemplo da influência positiva que Madjer consegue exercer sobre o mundo que o rodeia, ajudando a promover não só o futebol de praia, mas também outras coisas essenciais à vida.

Mundialito de Futebol de Praia

29 Nov

Este espectáculo do futebol de praia estreou-se na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 1994. Foi disputada por 4 equipas (Brasil, Argentina, EUA e Itália) e teve como resultado a consagração da selecção brasileira como a primeira campeã de um mundialito de futebol de praia. A competição marcou também o primeiro torneio internacional da modalidade realizado no Brasil.

Posteriormente, em 1995, nasceu o Campeonato do Mundo de Futebol de Praia, jogado anualmente no Brasil, motivando o esquecimento do Mundialito.

1994: Rio de Janeiro (Praia de Copacabana), Brasil
1997-2004: Figueira da Foz (Praia da Claridade), Portugal
2005-2010: Portimão (Praia da Rocha), Portugal

No entanto, o Mundialito de Futebol de Praia ressuscitou pouco tempo depois, e em território português: na Figueira da Foz, no ano de 1997. Contou, já nessa altura, com 8 países que se degladiararam em busca do título, proporcionando jogos incríveis, assistidos por bancadas lotadíssimas. A tradição manteve-se até 2004, quando o Mundialito se despediu da praia que tão ilustremente acolhera 8 edições da prova.

Em 2005, o local escolhido para a realização da competição foi o Algarve, com a Praia da Rocha a receber o torneio. Portimão passou a ser a sede do Mundialito de Futebol de Praia, situação que se tem vindo a manter até hoje.

O Brasil ganhou o Mundialito de Futebol de Praia em quase todas as edições, mas nem sempre: Portugal também tem estado muito bem e tem melhorado as suas classificações nos últimos anos.

O Brasil ganhou o Mundialito de Futebol de Praia em quase todas as edições, mas nem sempre: Portugal também tem estado muito bem e tem melhorado as suas classificações nos últimos anos.

A competição tem sido dominada pela selecção brasileira, que raramente deixa fugir o título. No entanto, Portugal tem dado uma excelente réplica, sendo a única equipa europeia que já conseguiu vencer a competição.

Nos últimos anos, a selecção nacional conseguiu mesmo a proeza de conquistar o título por duas ocasiões consecutivas, em 2008 e 2009, sempre num grande ambiente dentro de fora do campo.

Têm sido vários os jogadores que entusiasmam os adeptos com a sua técnica nas areias.

Neném, Jorginho, Júnior Negão, Benjamim e Bruno Malias são alguns dos craques brasileiros de maior destaque, enquanto Amarelle esteve em maior evidência do lado espanhol.

De realçar também o simbolismo associado à participação do mítico Eric Cantona, da França, primeiro como jogador e depois como treinador. Mas há muitos outros!

Recordistas do Mundialito de Futebol de Praia

Sucesso de cada Selecção Nacional no Mundialito de Futebol de Praia. Para além do Brasil, só Portugal e EUA conseguiram conquistar o torneio.

Em todo o caso, é com a magia dos heróis portugueses que o público vibra mais: Hernâni, com as suas artes de capitão, Zé Miguel, primeiro como super guarda-redes e depois como carismático treinador, Alan, com a sua habilidade e visão de jogo, Madjer, com as suas acrobacias e remates fulminantes, e Belchior, com a sua garra inconfundível, são só alguns dos nomes mais sonantes.
G
São e foram estes, de facto, os jogadores mais queridos dos adeptos. E com razão, pois os seus desempenhos na competição, diante do seu público que tão exemplarmente os apoia, têm protagonizado excelentes prestações, merecendo todas as honras e aplausos!
G
Mundialito de Futebol de Praia de 2010
H
A Praia da Rocha, em Portimão, recebeu, entre os dias 6 e 9 de Agosto de 2010, os jogos do XV Mundialito de Futebol de Praia que contou com a presença das representações de Portugal, Argentina, Brasil e Estados Unidos. A Equipa das Quinas – que em Julho garantiu a presença no Mundial deste ano –  depois de ter erguido o troféu em 2003, 2008 e 2009, sempre depois de disputar a final com o Brasil,  foi o Brasil que desta vez levou a melhor. Os “canarinhos” têm sido, aliás, os grandes dominadores da prova, com dez vitórias, tendo os Estados Unidos da América triunfado numa ocasião, em 1998.
H
Para a edição de 2010, o Seleccionador Nacional, José Miguel, chamou os seguintes jogadores (entre parêntesis o número com que os atletas actuaram no Mundialito):
J
Guarda-Redes: Graça [22] e João Carlos [22]
Defesas: Coimbra [2], Marinho [9] e Bilro [11]
Avançados: Jordan [4], Alan [6], Madjer [7], Loja [15] e Bruno Novo [18]
H
Eis alguns vídeos de jogos da competição, que consideramos particularmente apelativos e interessantes, relativos aos jogos Portugal vs EUA, Brasil vs EUA e Argentina vs EUA:
N
B
N
No jogo que decidia o torneio, fomos derrotados pela selecção canarinha. A partida realizou-se a 8 de Agosto de 2010, na Praia da Rocha, em Portimão, num ambiente verdadeiramente espectacular.
Na Praia da Rocha, em Portimão, depois de dois primeiros períodos em branco, apesar de as duas equipas terem criado várias oportunidades de golo, o Brasil adiantou-se logo no primeiro minuto do derradeiro parcial, com um golo de Daniel, na marcação de um livre.

Pouco depois, Bilro, que tinha feito a falta que originou o livre do primeiro golo, viu o cartão amarelo pela segunda vez por protestos e, a jogar com menos um, Portugal sofreu o segundo golo, apontado por Anderson, aos quatro minutos do terceiro período.
in Expresso

Apesar da derrota pesada da Selecção Nacional por 4-0, o jogo foi de grande equilíbrio durante os dois primeiros períodos (não houve golos nessas duas etapas) e o final do jogo prometia muita emoção, numa epopeia que não chegou a acontecer devido aos excessivos erros do árbitro espanhol Ruben Eiriz Mata.

Madjer em 2º lugar do Campeonato Brasileiro pelo São Paulo (parte 1)

26 Nov

aqui tínhamos feito referência à participação do capitão da selecção nacional de futebol de praia, Madjer, no Campeonato Brasileiro de Selecções Estaduais 2010. Neste post, focámos o bom início de torneio do São Paulo e a excelente entrada de Madjer na competição, marcando 5 golos nos 2 primeiros jogos, que contribuíram em grande medida para os triunfos da equipa nesses desafios. O São Paulo ficava praticamente apurado para a 2ª fase do torneio, com Madjer bem classificado na lista de melhores marcadores (artilheiros).

São Paulo bate Rio Grande do Sul e lidera o grupo A

Integrado no grupo A do campeonato, o São Paulo venceu a selecção do Rio Grande do Norte na 3ª jornada, pelo resultado tranquilo de 5-2 (Madjer marcou 1 golo nesse encontro), obtendo assim mais 3 pontos, que asseguraram o 1º lugar do grupo. O jogo foi disputado no dia 16 de Novembro, no Clube Escola Lapa, em São Paulo, local onde decorreu a competição.

O São Paulo ficava assim com 8 pontos, resultantes de 3 vitórias em outros tantos jogos, dando provas de qualidade que faziam da equipa uma das principais candidatas à vitória final. Madjer, com 6 golos, e Juninho Alagoano, com 5 tentos, eram as figuras da equipa, juntamente com o prestigiado guarda-redes Mão, sem esquecer os restantes craques da selecção brasileira: Bueno, Betinho, Sidney, Daniel Souza e Adiélson.

São Paulo X Distrito Federal

Madjer foi uma das principais figuras da fase de grupos com 6 golos pelo São Paulo. A imagem corresponde ao primeiro jogo do São Paulo, contra o Distrito Federal, em que Madjer marcou por 4 vezes. Grande jogador!

As outras equipas do grupo A ficaram muito próximas umas das outras, numa classificação equilibrada que acabou por ditar a passagem do esforçado Distrito Federal à fase seguinte.

Classificação do Grupo A

1º Lugar – São Paulo – 8 pontos

2º Lugar – Distrito Federal – 3 pontos

3º Lugar – Rio Grande do Sul – 2 pontos

4º Lugar – Ceará – 2 pontos

Equipas apuradas para a 2ª Fase

Entretanto, nos outros grupos, outras equipas lutaram pelo acesso aos quartos de final. Vejamos, sucintamente, o que aconteceu em cada um dos outros grupos:

No grupo B, as selecções favoritas dos estados da Baía e do Espírito Santo alcançaram os lugares desejados, ocupando, respectivamente, a primeira e a segunda posição no grupo, com vitórias fáceis sobre os seus adversários e um triunfo dos baianos (Baía) frente aos capixabas (Espírito Santo) por 4-3. Souza e Anderson foram os grandes destaques do lado da Baía, enquanto Bruno Malias (que actuou ao serviço do Sporting em 2010) e Bruno Xavier se evidenciaram na equipa capixaba.

No grupo C, o apuramento foi muito disputado, com as selecções do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte a levarem a melhor sobre os seus adversários de Tocantins e Alagoas. Os fluminenses (Rio de Janeiro) ficaram no 1º lugar do grupo com 6 pontos, pois derrotaram Tocantins e Alagoas, perdendo apenas com o Rio Grande do Norte nos penaltis. Por seu turno, os potiguares (Rio Grande do Norte) derrotaram Alagoas, foram derrotados surpreendentemente por Tocantins, mas bateram o Rio de Janeiro em grandes penalidades, o que lhes valeu o apuramento com 5 pontos. Benjamim, do Rio de Janeiro, e André, do Rio Grande do Norte, foram os principais destaques.

O grupo D foi dominado pela selecção do Maranhão, que fez a totalidade de pontos possíveis, ao vencer todos os jogos no tempo regulamentar. A juventude foi a chave do sucesso, com jogadores como Fernando DDI em grande plano, embora o uruguaio Pampero também tenha contribuído com a sua experiência para o sucesso da equipa. A selecção pernambucana conseguiu também a qualificação para os quartos de final, ao vencer os seus dois primeiros jogos, perdendo apenas para os maranhenses, por 3-2. O grande destaque da equipa foi o jovem Juninho, de Pernambuco.

Eis a lista das equipas qualificadas para os quartos de final:

  • São Paulo (A1)
  • Distrito Federal (A2)
  • Baía (B1)
  • Espírito Santo (B2)
  • Rio de Janeiro (C1)
  • Rio Grande do Norte (C2)
  • Maranhão (D1)
  • Pernambuco (D2)

Nota: Falaremos da 2ª fase do torneio e da caminhada do São Paulo até ao 2º lugar, com Madjer em bom plano, na parte 2, que vem está mesmo aí a chegar.